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Usuário ecologicamente correto é punido por estatal de saneamento

Demonstrativo de uma conta de água da Saneago
Demonstrativo de uma conta de água da Saneago disponível no endereço https://www.saneago.com.br/site/agencia/faturas/Fatura-Olhonooleo.htm

A água é um recurso vital e aparentemente abundante, entretanto está a cada dia se tornando mais escassa e preciosa. Nesse momento que o Brasil atravessa uma crise hídrica grave, infelizmente as autoridades responsáveis pela gerência desse bem não estão preparadas enfrentar a situação, prova disso é um caso que a TV Anhanguera noticiou recentemente.

O Sr. Geraldo, músico de Anápolis, montou um sistema de filtros que possibilita a reutilização de parte da água que é consumida em sua residência para aqueles fins que não necessitam de água potável (tratada) como regas plantas, lavar roupas, a casa e calçadas, descargas do vaso sanitário, etc.

Como a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) notou uma redução acentuada no consumo medido no hidrômetro, fez uma vistoria na residência do usuário e mesmo não constatando nenhuma irregularidade aplicou uma “punição” na forma de uma taxa mínima de consumo de 10 m³ alegando que ele ainda continua usando o serviço de esgoto.

É claro que ele continua a utilizar o serviço, mas em uma escala muito menor do que a cobrada pela empresa.

A justificativa dada pela gerente local da Saneago, que pode ser vista na matéria da TV Anhanguera disponível em http://goo.gl/wPaZad é no mínimo contraditória, ela dá a entender que ele continua a devolver para o escoto a mesma quantidade que antes, e isso não pode ser verdade, o que ele está fazendo é usar a água comprada da estatal mais de uma vez antes de joga-la no esgoto, e tem ainda a água que não volta para o escoto porque fui usada para lavar casa, calçadas e regar plantas.

Essa “punição” só seria aceitável se a redução medida no hidrômetro fosse fruto outra fonte de água, como captação de água da chuva e/ou de poço. Acontece que ele REUTILIZA água que seria “desperdiçada” no esgoto para outros fins, assim ele reduziu também o uso do serviço de coleta e tratamento de esgoto.

Com esse consumo mínimo obrigatório a Saneago na verdade está cobrando mais caro pelo serviço prestado a esse usuário do que cobra dos outros de um modo geral, inclusive daqueles que desperdiçam.

Como é possível um cidadão ser penalizado por um órgão governamental por tentar ser ecologicamente correto, quando na verdade esse mesmo órgão na verdade deveria incentivar esse tipo de atitude?

Esse é apenas um pequeno exemplo do quanto pode ser danoso para o país e para a sociedade as indicações “politicas” para cargos técnicos.